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O que significa a Quaresma?




Dentre os demais tempos litúrgicos, temos o tempo quaresmal. Tempo esse de preparo para a celebração litúrgica mais importante da Igreja; a Páscoa do Senhor, onde o Cristo vencendo a morte nos abriu as portas do céu, nos reconciliando com Deus. É um tempo de 40 dias e durante esse tempo, rezamos com mais fervor de alma e espírito e corpo, além da vivência mais constante dos sacramentos.


O período da Quaresma é marcado por uma atitude de recolhimento espiritual, onde a Igreja estando recolhida busca voltar o seu olhar – de maneira mais intensa – para o próprio Cristo, visando assim uma conversão mais profunda e frutuosa. E tendo como frutos dessa conversão, uma união cada vez intima como nosso Senhor.


Com efeito, nesse tempo tão peculiar na vida da Igreja, existem algumas práticas, que não só, nos ajudam a bem viver a quaresma, como também, se fazem necessárias para uma boa conversão: e são elas a oração, a mortificação (seja através de jejum e abstinência), caridade e é claro, uma boa vivência dos sacramentos (mais precisamente, eucaristia e confissão).


A oração, ainda que seja para toda a vida do cristão, existem aqueles momentos onde é bom intensificarmos a oração, não é por acaso, que o Cristo mesmo o fez; seja no monte Tabor, ou no deserto.


Quando se trata de mortificação, podemos usar como sinônimo a palavra sacrifício, uma vez que mortificar pode ser entendido como sacrificar a própria vontade do corpo em benefício da alma e, também, do mesmo corpo que se sacrifica. Aqui, como ato concreto, poderíamos usar de, deixar de comer algo que gostamos, ou deixar de fazer algo que nos da prazer, ou ainda é possível tentar vencer algum vício, remediando esse mesmo vício por meio de uma virtude, aquela que mais se adequar e servir para a edificação da alma e do corpo.


Aqui entra também o jejum e a abstinência: no jejum temos o “maneirar” nas refeições. Enquanto que a abstinência, que vai desde de não comer carne vermelha às sextas-feiras, indo até à ações concretas, como por exemplo, evitar murmuração ou qualquer outra coisa que quisermos.


Na caridade, é onde “fazemos o bem sem olhar a quem” e indo além, sem esperar nada em troca. A caridade é justamente aquela virtude teologal que mais nos remete a Deus e nos faz semelhante a Ele, pois é o amor propriamente dito, vivido e experimentado; o amor – desinteressado – de Deus por nós. E o que isso significa? Significa um amor que se doa sem reservas, mas sem fazer barganhas. E que de maneira concreta pode ser externado através de, ajudar quem precisa; dar comida a quem sente fome, ajudar alguém no trabalho...


E a conversão, que é o “voltar-se para Jesus”. A conversão é a finalidade das demais (oração, mortificação e caridade). E isso se dá gradativamente na medida em que o Senhor nos proporcionar e, também, de acordo com a nossa disponibilidade em amar, ou seja, a nossa força de vontade em respondermos ao amor de Deus por nós.


E todas essas atitudes, para que servem? Rezar mais, deixar de comer tanto, muitas vezes sacrificar nossa vontade, nos recolher... Serve para quando chegar o grande dia, o dia do Senhor. Onde tendo Ele ressurgindo dos mortos, possamos também nós, “fortificados e lavados” pelas práticas quaresmais, possamos ressurgir com Ele para um vida nova de felicidade eterna.



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