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O que é devoção?


Foto: Canção Nova | Formação



As devoções fazem parte do nosso cotidiano, umas mais simples, outras mais "radicais"; umas mais populares e outras um tanto esquecidas, no entanto, é notório que o número de devoções cresce com o passar dos anos.


Quando nos perguntam qual é o nosso santo de devoção, a resposta é quase instantânea, percebe-se com nitidez a afeição, o carinho, o respeito e em alguns casos o desejo de imitar a vida do santo querido. No entanto, apesar de respondermos ‘na ponta da língua’: Santo Antônio, Nossa Senhora, São Brás entre outros, muitas vezes não conhecemos o sentido real da palavra "DEVOÇÃO" e muito menos o que isso implica em nossa vida, nossa espiritualidade, nossa fé, enfim, em nosso relacionamento com nosso Senhor.


Antes de mais nada, a devoção como ato religioso pode ser considerada uma virtude de justiça: dar a Deus aquilo que lhe é devido, ou seja, uma reverência, um culto, e o ápice - a Adoração.


Nesse sentido, quando falamos em devoção, temos dois tipos: a devoção dada aos santos/anjos (dulia) e a devoção que devemos somente a Deus (latria). Quando praticamos a dulia para com algum santo ou anjo, nós estamos reconhecendo primeiramente ação de Deus naquela pessoa e o quanto aquela pessoa amou a nosso Senhor. É importante ressaltar que a devoção, nunca fica estagnada em algum santo ou anjo, ela vai sempre além e compreende todo o contexto no qual aquele santo está envolvido: quem foi ele, o que ele fez, qual o sentido da vida dele...


Um exemplo claro é o de São João Maria Vianey, o Cura d'Ars; todos nós conhecemos a história dele, foi um simples sacerdote, que muito amou Jesus e o quanto, por meio desse amor, se dedicou a Salvação das almas através do sacramento da confissão. Hoje, o Cura d'Ars foi elevado a glória dos altares como santo padroeiro dos sacerdotes, é constantemente invocado para interceder a Deus em benefício de todos os sacerdotes do mundo e muitos padres buscam imitar as virtudes vividas por São João Maria Vianey.


Dessa forma, quando falamos de devoção aos santos e anjos, estamos falando em reconhecer as virtudes de um irmão nosso na fé, além de ver a ação de Deus na vida dele, o quanto ele se deixou tocar e ser moldado por Deus em sua própria vida, sendo fiel a nosso Senhor mesmo nos momentos de cruz e aridez espiritual.


Se por um lado temos a devoção dulia (anjos e santos), por outro lado, nos deparamos com a devoção latria, que se deve exclusivamente a Deus. Nesta, de maneira mais filial, reconhecemos a grandeza e a paternidade de Deus, que nos convida para a sua presença. Na Latria, somos ligados diretamente a Deus; na adoração que fazemos diante do Santíssimo Sacramento, quando O vemos como nosso Redentor e Salvador que nos santifica através do seu Espírito Santo.


Portanto, na prática, a devoção faz parte da nossa vida, é possível ver a devoção (dulia) através das novenas, estudos da vida de algum santo e imitação de virtudes santas. Reconhecer a providência de Deus na vida do ser humano, querer se dar a Ele e devolver todo esse amor talvez seja a grande expressão de amor da devoção.


Wander Araújo

Colaborador Pascom São Sebastião



Referências:

Catecismo da Igreja Católica nº 468, 531, 635





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