Leigos na igreja: Peregrinos da Esperança ontem, hoje e sempre

Vivendo a semana em que a Igreja celebra a vocação laical, meditemos um pouco sobre o papel de homens e mulheres que desde as primeiras comunidades cristãs, sempre tiveram participação essencial na construção da Igreja. Nos primórdios, reunidos nas casas, os discípulos de Jesus viviam em comunhão, partilhando o pão, a oração e o anúncio da Palavra (At 2,42-47). Ainda sem templos e estruturas formais, a fé se expandiu graças ao testemunho simples e corajoso de homens e mulheres que, iluminados pelo Espírito Santo, se colocaram a serviço do Evangelho.

Ao longo da história, essa presença foi se consolidando em diferentes expressões: na família como “igreja doméstica”, nos serviços pastorais, na catequese, na caridade e na vida comunitária. Os leigos, como “Peregrinos da Esperança”, caminham firmes no seguimento de Cristo, carregando a missão de transformar o mundo à luz do Evangelho.

O Concílio Vaticano II (1962-1965) foi um marco importante no reconhecimento e valorização dessa missão. Documentos como a Lumen Gentium e a Apostolicam Actuositatem destacaram o protagonismo dos leigos, mostrando que todos os batizados são chamados à santidade e ao apostolado, cada um segundo sua vocação e estado de vida. Assim, o papel do leigo deixou de ser visto apenas como auxiliar da hierarquia, mas como sujeito ativo da evangelização e co-responsável pela missão da Igreja no mundo.

Hoje, a contribuição dos leigos se revela em múltiplas formas: nas comunidades de base, nos conselhos pastorais, na liturgia, no serviço aos pobres, na promoção da justiça social e no diálogo com a cultura. É uma presença viva, que renova a Igreja e mantém acesa a chama da esperança, fiel às palavras de Cristo: “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo” (Mt 5,13-14). Testemunhando o Evangelho no cotidiano, os leigos mantêm viva a esperança e a missão, caminhando juntos como Igreja sinodal, povo de Deus a serviço do Reino.

Por Pascom Paróquia São Sebastião

Referências Bibliográficas

1. CONCÍLIO VATICANO II. Constituição Dogmática Lumen Gentium. 21 de novembro de 1964.

2. CONCÍLIO VATICANO II. Decreto Apostolicam Actuositatem. 18 de novembro de 1965.

3. ATOS DOS APÓSTOLOS. Bíblia Sagrada.