top of page

Dízimo: Compromisso com a Evangelização e a Partilha

  • Foto do escritor: Pascom
    Pascom
  • 14 de jul.
  • 2 min de leitura

ree

Julho é o mês em que a igreja faz a campanha de conscientização sobre o Dízimo. A CNBB Regional Nordeste 3 este ano trouxe um tema inspirado no tema do ano jubilar 2025 - "Dízimo: certeza de que a Esperança não decepciona" (Rm 5, 5). Aproveitando o momento para nos inteirarmos um pouco mais sobre o assunto, podemos usar as palavras do nosso Catecismo que diz: " O dízimo é um gesto concreto de fé e gratidão, um compromisso que vai além da simples contribuição financeira". Ele expressa a participação ativa dos fiéis na missão evangelizadora da Igreja, fortalecendo sua estrutura e sustentando suas obras pastorais e sociais. Em Romanos 5, São Paulo nos lembra que fomos reconciliados com Deus por meio de Jesus Cristo, e é nesse amor derramado que encontramos o fundamento da partilha. A generosidade, portanto, é resposta ao amor que primeiro nos alcançou. O dízimo é, assim, expressão concreta dessa graça acolhida e repartida.


Desde os tempos apostólicos, a partilha foi essencial para a expansão do Cristianismo. A primeira comunidade cristã, formada após Pentecostes, tinha tudo em comum e distribuía conforme a necessidade de cada um (cf. At 2,44-45). Esse modelo de comunhão não só supriu carências materiais, como também foi testemunho vivo da fé que professavam. O dízimo, nesse contexto, torna-se herança desse espírito de fraternidade e sustento mútuo. Foi com essa solidariedade que os apóstolos puderam anunciar o Evangelho sem se preocupar com suas necessidades básicas.


A missão evangelizadora da Igreja hoje continua sendo sustentada por esse espírito de partilha. Por meio do dízimo, é possível manter paróquias, comunidades, formação de novos evangelizadores, meios de comunicação católicos e obras de caridade. O compromisso dos fiéis permite que a Palavra de Deus continue sendo anunciada, sobretudo aos mais necessitados, tanto espiritual quanto materialmente. Na carta Apostólica Evangelli Gaudium o saudoso Papa Francisco nos lembou: "A evangelização, portanto, não é missão apenas de alguns, mas de todo o povo de Deus que, ao dizimar, colabora diretamente com essa obra."


Finalmente, é importante compreender o dízimo não como obrigação, mas como resposta generosa ao amor de Deus manifestado em Cristo. Como diz Paulo em Romanos 5, "o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5,5), e é esse amor que nos move à solidariedade. O cristão que dizima se torna agente ativo da transformação do mundo, sustentando a Igreja e multiplicando o bem. A partilha, desde os primeiros tempos, foi a base da missão, e continua sendo sinal concreto de uma fé viva e comprometida.


Texto: Pascom Paróquia São Sebastião


Referências Bibliográficas deste texto:

1. BÍBLIA. Bíblia Sagrada. Tradução Edições CNBB/Paulinas, 2018.

2. CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB). Dízimo na comunidade de fé: orientações e subsídios. 2. ed. Brasília: Edições CNBB, 2016.

3. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2000.

4. PAPA FRANCISCO. Evangelii Gaudium: Exortação Apostólica, Vaticano, 2013.

 
 
 

Comentários


bottom of page