Histórias da Comunidade: Testemunho juvenil da Maria Júlia

Meu nome é Maria Julia Santos Costa, tenho 12 anos. Minha mãe sempre foi católica e cresceu junto com essa igreja de São Sebastião. Quando eu nasci, ela logo quis que eu fosse batizada, para me inserir na vida da igreja. E no dia 18 de maio de 2013, aos 4 meses de idade, aqui nessa mesma igreja eu fui batizada, numa celebração as 17h.

Cresci acompanhando minha mãe nas missas, (que quando pequena era apenas sentar, levantar e ajoelhar) e encontros que ela participava. Quando chegava em casa falava para o meu pai, as coisas que eu ouvia, principalmente do padre Antônio nas homilias, na época participava da paróquia Nossa Senhora do Sagrado Coração.

Sempre quis receber a eucaristia, mas tinha sido avisada que precisava fazer a catequese. Ao ter idade para fazer a catequese veio a pandemia e esse desejo foi adiado. Mas foi durante esse período que fui conhecendo de forma mais profunda e concreta a igreja, pois acompanhava com minha mãe as missas, estudos, reuniões e a missão da igreja em ajudar e acolher as pessoas que estavam por situações difíceis.

Em 2021 comecei a participar da paróquia São Sebastião, comecei a catequese e também senti um chamada a servir ao altar do Senhor mais de perto. Então comecei a fazer a formação de coroinha, uma escolha muito feliz, porque em vez de minha mãe me ensinar as coisas da igreja, eu é que estava ensinando a ela falando o nome de cada objeto litúrgico, explicando cada gesto e comportamento no altar.

Nessa mesma época fui chamada a cantar um salmo, e aceitei, porque sei que mesmo que não ficasse bonito para quem ouvisse eu faria com o coração alegre para honra e glória do Senhor, também queria seguir os passos de minha mãe e minhas tias que desde muita novas já cantavam. Também comecei a proclamar leituras em algumas missas, mesmo que na época não tinha missa para as crianças, eu lia sempre em celebrações que faltava pessoas para ler, não tinha dificuldade, pois, sempre li as leituras do dia.

Ao receber a eucaristia pela primeira vez foi uma alegria imensa na minha vida, eu estava alimentada do corpo e sangue de Cristo e isso fez com que me sentisse ainda mais pertencente a igreja.

Mas isso trouxe também um pouco de inquietação quando numa missa cantei o salmo que dizia: “Que poderei retribuir ao meu Senhor por tudo aquilo que ele fez em meu favor?” Quando cheguei em casa, falei para minha mãe que queria ser dizimista, queria retribuir a Deus todas as bençãos recebidas na minha vida. Fiquei um pouco frustrada, porque minha justificou que eu teria que ter uma renda pra devolver o dizimo. Mas após um pouco de insistência fizemos um acordo e passei a ser dizimista.

Esse desejo veio porque sei que a igreja tem uma missão, e desde muito nova sei que a igreja, além de um templo, sou eu e cada um de nós que estamos aqui. Não é só o padre. Quando decidi ser dizimista foi por saber que tudo tem um custo: sejam os objetos litúrgicos, sejam os materiais utilizados na secretaria paroquial, as formações que precisamos fazer (eu mesma além da catequese, já fiz o curso de coroinhas, formação para músicos e formações litúrgicas), além de ajudar as pessoas mais necessitadas.

E hoje, eu faço um convite a todos vocês, independente da idade, venha conhecer as pastorais e movimentos de nossa paroquia, porque a gente só ama quando a gente conhece, foi assim que eu comecei a servir e sei que daqui a alguns anos poderei falar de outras pastorais pois tenho certeza que farei outras experiências.

Testemunho de Maria Júlia Santos Costa em 06/07/2025

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foto: Acervo da Pastoral do Dízimo