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A História da Comemoração do Dia do Papa na Igreja Católica

  • Foto do escritor: Pascom
    Pascom
  • 29 de jun.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 30 de jun.

imagem Pascom Paróquia São Sebastião


A Igreja Católica celebra, anualmente em 29 de junho, o Dia do Papa, uma data que homenageia o ministério do Sumo Pontífice, sucessor de São Pedro. Esta celebração está intimamente ligada à solenidade de São Pedro e São Paulo, dois dos maiores pilares da Igreja primitiva. Essa coincidência não é acidental, mas profundamente simbólica e teológica, refletindo a origem e a missão do papado dentro da tradição cristã.


Fundamentos Bíblicos do Papado


A origem do papado está fundamentada nas Escrituras, especialmente no Evangelho segundo Mateus, onde Jesus confere a Pedro um papel de liderança entre os apóstolos:

“Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus; o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mateus 16,18-19). Esta passagem é interpretada pela tradição católica como a instituição do primado de Pedro, que seria continuado pelos bispos de Roma — os papas. O papel de Pedro como pastor também é reafirmado por Jesus após a ressurreição: “Apascenta os meus cordeiros... apascenta as minhas ovelhas” (João 21,15-17). A partir destes textos, a Igreja vê o papa como o vigário de Cristo na Terra, pastor universal e sinal de unidade.


Origem Histórica da Comemoração


A solenidade de São Pedro e São Paulo remonta aos primeiros séculos do cristianismo. Ambos os apóstolos foram martirizados em Roma sob o imperador Nero por volta do ano 64 d.C. Pedro, segundo a tradição, foi crucificado de cabeça para baixo no Vaticano, e Paulo decapitado na Via Ostiense.


A celebração do Dia do Papa no mesmo dia visa ressaltar a figura de Pedro, considerado o primeiro papa, e a continuidade apostólica através de seus sucessores. Esta tradição foi fortalecida a partir do século IV, com o crescimento do culto aos mártires e o reconhecimento da importância da sede romana como centro da cristandade. A data de 29 de junho foi escolhida por ser, de acordo com antigas tradições, o dia do martírio de ambos os apóstolos. Desde então, os fiéis passaram a prestar homenagens ao sucessor de Pedro nesta data.


Significado Litúrgico e Eclesial


O Dia do Papa é uma ocasião para a Igreja manifestar comunhão e obediência ao seu líder espiritual. Em muitos países, os fiéis enviam mensagens, rezam e participam de celebrações litúrgicas em ação de graças pelo ministério do papa. Além disso, nesta data realiza-se a tradicional coleta do Óbolo de São Pedro, uma oferta feita pelos católicos do mundo inteiro como sinal de apoio ao Santo Padre em suas obras de caridade e necessidades administrativas da Santa Sé.


O Papado ao Longo dos Séculos


Desde São Pedro até os dias atuais, a Igreja já teve mais de 260 papas. Alguns papas marcaram profundamente a história da Igreja e da humanidade, como São Leão Magno (século V), São Gregório Magno (século VI), Inocêncio III (século XIII), e mais recentemente São João Paulo II (século XX). Cada um exerceu sua missão de forma única, enfrentando desafios teológicos, políticos e pastorais, mas sempre buscando guardar a unidade da fé.


O Papa na Atualidade


O papa atual, Leão XIV, eleito este ano de 2025, é o 267º sucessor de Pedro. Com um estilo pastoral equilibrado e sua firmeza doutrinal, tomando como base seu pastoreio como missionário no Peru como sendo um líder acessível, atento à espiritualidade e a formação do clero e com a visão espiritual de que Cristo é o centro da vida da igreja.


A comemoração do Dia do Papa no dia 29 de junho é uma expressão viva da fé católica na sucessão apostólica, na unidade da Igreja e no papel do papa como servidor dos servos de Deus. Fundada na Escritura, nutrida pela Tradição e confirmada pela história, essa data é ocasião de renovação da fidelidade ao sucessor de Pedro e de oração por sua missão.


Por Pascom Paróquia São Sebastião



Referências Bibliográficas:

1. Bíblia Sagrada. Tradução da CNBB. São Paulo: Edições CNBB, 2002

2. Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Loyola, 2000

6. BROWN, Raymond E. Pedro na Tradição da Igreja. São Paulo: Paulinas, 1992

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